Odisseia Casamento

Hoje senti-me a gata borralheira. Saí de casa com o meu filho, disposta a ir buscar orçamentos a diversos fotógrafos existentes na minha localidade, de modo a ter uma idéia dos preços praticados pelos mesmos.

E começou bem. Fui ao primeiro, fui excelentemente atendida, onde tudo me foi explicado e quais os preços e ofertas a realizar. Foi-me dada uma pasta com tudo o que foi conversado e com os devidos preços e ofertas.

Tudo bem, passemos ao segundo fotógrafo. Entro, solicito novamente um orçamento para reportagens de casamento ao que me respondem que trabalham à unidade, não tendo assim valores pré-definidos. No entanto, apresentaram-me os preços praticados, indicaram-me as ofertas e possíveis trabalhos menos comuns que podem ser realizados e entregaram-me dois pequenos documentos com a descrição dos preços e ofertas.

O atendimento não foi tão bom como o primeiro ou o segundo, no terceiro fotógrafo que visitei. Para ser sincera, apeteceu-me mandar a mulher ao alho, para ser mais suave na linguagem. Entro, faço novamente a mesma questão: orçamentos para reportagens de casamento. E esta senhora, que até estava à porta na conversa com a vizinha da loja ao lado e suspirou quando me viu entrar, começa a disparar preços para "o ar" sem sequer olhar para mim. Pergunto se realizam fotos a preto e branco com pormenores coloridos ao que ela me responde rispidamente: "Isso não é um trabalho num casamento normal!" - Mas eu disse-lhe que o meu casamento ia ser "normal" ou "anormal"? Pois claro que não. Perguntei-lhe então se as informações que me estava a dar, me podiam ser entregues ao menos num pequeno papel, face à semelhança dos anteriores. E não é que a "truta" de "erda" faz um sorriso amarelo e continua a disparar preços verbalmente?! Tipo... interrompi-a e disse: "Obrigadinha." - e saí da loja.

Acho incrível que, aquelas que se acham muito "tias" e "chiqui-bem" desta alta sociedade (lol) que é a vila onde moro, são também as pessoas mais arrogantes e estúpidas que já tive, infelizmente, o desprazer de conviver, quando a minha madrasta tinha um estabelecimento no centro da vila. E tenho a certeza, que se fosse lá, de madeixa loira, chinela "doirada" e camisa Chanel, o atendimento seria bem diferente. Isto faz-me lembrar aquele filme com a Julia Roberts, em que ela vai muito mal vestida a uma loja caríssima, na qual nem sequer a atendem pelo aspecto "descuidado" da mesma.

Senti-me triste... isto de aparentar ter 18 anos por vezes não é lá muito agradável. Tratam as pessoas (jovens principalmente) com um desrespeito, frieza e desprezo que fico estupefacta... enfim...

By the way, o vestido na imagem vai ser um dos próximos que vou experimentar. E fico linda, deslumbrante, magra, maravilhosa, vestida de noiva. Com todas as modéstias de parte porque fico mesmo bem. Não é, C.? ;)